quarta-feira, 31 de julho de 2013

Snowden entrega novos documentos sobre atividades secretas da NSA

O jornalista Glenn Greenwald publicou hoje mais uma reportagem sobre a espionagem digital dos EUA. Segundo a reportagem, o programa XKeyscore é o mais abrangente de todos, permitindo uma coleta massiva de dados pela internet.

Nenhum dos analistas da NSA ou das empresas terceirizadas necessitam de autorização para fazer esse tipo de pesquisa, que vasculha emails, atividade em redes sociais e o histórico de navegação de qualquer pessoa. O mapa mostra o Brasil como um dos locais onde o programa foi utilizado.


Este é um dos programas mais secretos da NSA, que permite aos analistas examinar, sem autorização prévia, extensos bancos de dados que contêm informações sobre e-mails e conversas na Internet, bem como dados pessoais de milhões de pessoas.

De acordo com os dados obtidos pelo jornal, o programa permite rastrear quase "tudo o que o usuário está fazendo na Internet".

Matéria em Inglês sobre o programa do The Guardian: http://www.theguardian.com/world/2013/jul/31/nsa-top-secret-program-online-data

terça-feira, 30 de julho de 2013

Soldado é absolvido de acusação de traição por vazamento para WikiLeaks

A Justiça Militar dos Estados Unidos absolveu o soldado Bradley Manning da acusação de traição ao país, a mais grave que lhe foi imputada. Ele confessou ter divulgado milhares de documentos diplomáticos e militares americanos para o site WikiLeaks.

O vazamento de documentos ao WikiLeaks foi considerado a maior divulgação de informações confidenciais da história dos Estados Unidos. Manning, que era analista de inteligência militar no Iraque, entregou cerca de 700 mil documentos do Departamento de Estado e das Forças Armadas americanas.


Dentre as informações reveladas, estão comunicações diplomáticas com as embaixadas de vários países do mundo, além de informações privilegiadas sobre a atuação americana nas guerras no Afeganistão e no Iraque. O material começou a ser revelado em 2010, causando forte indignação de Washington.

O veredicto foi divulgado nesta terça-feira pela juíza Denise Lind. Ele foi condenado por cinco acusações de roubo, cinco acusações de espionagem, fraude cibernética e outras violações do direito militar.

Com a absolvição da acusação de traição, a previsão é que Manning seja condenado a apenas 20 anos de prisão. As penas para cada uma das acusações serão determinadas no processo de dosimetria, que começa nesta quarta-feira (31).

Inicialmente, o soldado se declarou culpado de dez das 22 acusações apresentadas contra ele pela Justiça Militar de seu país. No entanto, não se disse responsável pela acusação de "conluio com o inimigo", por ter transferido as informações de guerra ao WikiLeaks.

A defesa do soldado sustenta que Manning é um delator do governo americano, não um traidor como quer qualificar a Promotoria. Segundo os defensores, a intenção do militar foi provocar um debate sobre as ações militares dos Estados Unidos e a política diplomática entre todos os cidadãos americanos.

Por outro lado, os promotores afirmam que o delator traiu a confiança do país e queria fazer fama ao divulgar os documentos. Para a acusação, ele agiu de forma deliberada, sem avaliar os riscos que poderia correr ao divulgar informações para inimigos, como o então líder da Al Qaeda, Osama bin Laden.

Mesmo assim ele pode enfrentar cerca de 136 anos de prisão. As 19 acusações é o suficiente para mante-lo na prisão até o resto de sua vida.

VIDEO:

#Anonymous ataca sites do Governo da Nova Zelândia em protesto contra vigilância

Anonymous desabilitou 14 sites do Partido Nacional, que governa a Nova Zelândia, incluindo a do primeiro-ministro John Key, em protesto por seus planos de ampliar a vigilância do Estado sobre a população, informam nesta terça-feira (30/07) a imprensa local.

Anonymous reivindicou a autoria do ataque em um vídeo postado no YouTube e advertiu que manterá os sites "sequestrados" enquanto o governo não retirar seu projeto e se desculpar perante todos os neozelandeses que afetou.


O Executivo quer ampliar o poder do Escritório Governamental de Segurança nas Comunicações (GCSB) a todos os cidadãos do país, em vez de apenas aos estrangeiros.

Outros membros do governo se mostraram divididos sobre como responder ao ataque do Anonymous. O ministro de Finanças, Bill English, tomou a ação como uma forma legítima de expressão porque não eram páginas importantes, segundo o jornal "The New Zealand Herald".

Já Kim Dotcom, o programador que fundou o extinto portal Megaupload, pediu ao Anonymous que suspenda os ataques. "Querido Anonymous NZ, hackear os sites do Partido Nacional só está dando a John Key uma nova desculpa para aprovar o projeto de lei de GCSB", postou Dotcom hoje no Twitter.

terça-feira, 23 de julho de 2013

#Anonymous vaza informações do PM que prendeu o Mídia NINJA 2

VIDEO 1:
VIDEO 2:



NOME: DANIEL DE SOUSA PUGA LIMA
RG: 85.914
Filiação: JORGE PUGA DE A. LIMA E MARIA CRISTINA DE S. ALMEIDA
Nascido em: 30JUL85
Estado: RJ
Ident: 20384221-6
Certificado nª: 021152054157
CPF: 01334457719
Endereço: TEODORO DA SILVA, 844 APT 302 – BAIRRO VILA ISABEL
RIO DE JANEIRO - CEP; 20.560-0001

Nome: Daniel Puga
Sexo: Masculino
Idiomas: Língua inglesa e França
Cidade: Rio de Janeiro
ENDEREÇO: Grajaú

Trabalho:
BAC - Batalhão de Ações com Cães
2 ° Tenente Governo do Estado do Rio de Janeiro
Escola de Formação de Oficiais (APM D. João VI) - PMERJ
Turma de 2011 · Segurança Pública · Administração · Direito
Academia de policia Monterrei
Colégio Metropolitano Rio de Janeiro

sábado, 13 de julho de 2013

Pronunciamento feito por Edward Snowden no Aeroporto de Moscou

Ex-técnico da ‪#‎CIA‬ fez pronunciamento no aeroporto de Moscou, nesta sexta-feira (12). Leia a íntegra divulgada pelo site do ‪#‎WikiLeaks‬.

“Olá, meu nome é Ed Snowden. Há pouco mais de um mês, eu tinha família, um lar no Paraíso, e vivia com muito conforto. Eu também tinha a capacidade de, sem qualquer autorização, para procurar, tomar e ler as suas mensagens. Na verdade, as mensagens de qualquer pessoa, a qualquer momento. Este é o poder que mudar o destino das pessoas.
Também é uma séria violação da lei. As emendas 4 e 5 da Constituição do meu país, o artigo 12 da Declaração Universal dfos Direitos Humanos, e numerosos estatutos e tratados proíbem tais sistemas de vigilância massiva e invasiva. Enquanto a Constituição dos Estados Unidos assinala que estes programas são ilegais, o meu governo argumenta que juízos de um tribunal secreto, que o mundo não pode ver, de alguma forma legitima esta atividade ilegal. Estes juízos simplesmente corrompem a noção mais básica de justiça, que precisa ser revelado. Algo imoral não pode se tornar moral através do uso de uma lei secreta.

Eu acredito no princípio declarado em Nuremberg, em 1945: “Indivíduos têm deveres internacionais que transcendem as obrigações nacionais de independência. Portanto cidadãos individuais têm o dever de violar leis domésticas para impedir a ocorrência de crimes contra a paz e a humanidade.

Conforme esta crença, fiz o que eu acreditava ser certo e comecei uma campanha para corrigir estas ações erradas. Não procurei enriquecer, nem vender segredos dos estados Unidos. Não me aliei a qualquer país estrangeiro para garantir a minha segurança. Ao invés, revelei o que eu conhecia ao público, de tal modo que aquilo que afeta as todos nós possa ser discutido por todos nós à luz do dia, e pedi justiça ao mundo.
A decisão moral de tornar pública a espionagem que nos afeta a todos me custou muito, mas era o correto a fazer, e não me arrependo de nada.

Desde então o governo e os serviços de inteligência dos Estados Unidos vêm tentando fazer de mim um exemplo, um aviso para todos aqueles que quiserem vir a público como eu vim, O governo dos EUA me colocou numa lista de impedidos de viajar. Pediu a Hong Kong que me deportasse de volta, à margem de suas leis, numa clara violação do princípio de proteção – na Lei das Nações. Ameaçou com sanções países que defenderam meus direitos humanos e o sistema de asilo previsto pela ONU. Tomou inclusive a decisão sem precedentes de ordenar a aliados militares que forçassem o pouso de um avião presidencial latino-americano, na busca por um refugiado político. Esta escalação perigosa representa uma ameaça não só para a dignidade da América Latina, mas aos direitos fundamentais compartilhados por qualquer pessoa, qualquer nação, no sentido de viver sem perseguições, de procurar e desfrutar de asilo.

Ainda assim, diante desta agressão historicamente desproporcional, países ao redor do mundo me ofereceram apoio e asilo. Estas nações – inclusive a Rússia, a Venezuela, a Nicarágua, a Bolívia e o Equador, têm minha gratidão e respeito por serem as primeiras a se erguer contra a violação de direitos humanos levada a cabo pelos poderosos, não pelos indefesos. Por recusarem a comprometer seus princípios diante das intimidações, ganharam o respeito do mundo. Tenho a intenção de viajar a cada um destes países para levar pessoalmente meus agradecimentos a seus povos e líderes.

Anuncio hoje minha aceitação formal de todas as ofertas de apoio e asilo que foram feitas, e todas que forem feitas no futuro. Com, por exemplo, a garantia de asilo concedido pelo presidente Maduro da Venezuela, minha condição de asilado agora está formalizada, e nenhum estado tem base legal para limitar ou interferir com meu direito de desfrutar deste asilo. Porém, como já vimos, alguns países na Europa Ocidental e os Estados Unidos demonstraram sua disposição de atuar por fora da lei, e esta disposição ainda está de pé hoje. Esta ameaça fora da lei torna impossível minha viagem à América Latina para desfrutar do asilo lá concedido segundo nossos direitos comuns.

A disposição de estados poderosos de agir à margem da lei representa uma ameaça para todos nós e não se deve permitir que ela tenha sucesso. Portanto, peço vossa ajuda [a organizações humanitárias] no sentido de garantir o direito de passagem em segurança através das nações pertinentes, para assegurar minha viagem à América Latina, bem como no sentido de pedir asilo na Rússia até que estes estados aceitem a lei e que minha meu direito legal de viajar seja permitido. Estarei apresentando meu pedido [de asilo] à Rússia hoje, e eu espero que ele seja aceito.

Se vocês têm quaisquer perguntas, responderei na medida do meu alcance.

Obrigado.”

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Brasil é alvo prioritário da espionagem dos EUA

Assista a entrevista de snowden quando revelou o esquema de espionagem dos EUA:



O Brasil é um dos alvos prioritários da espionagem feita pela Agência de Segurança Nacional dos EUA, com o monitoramento de centenas de milhares de ligações e mensagens de pessoas e empresas no país, segundo revelou na edição deste domingo o jornal O Globo.

O jornal diz ter tido acesso a documentos que comprovam a espionagem, coletados por Edward Snowden, o ex-técnico da agência americana, a NSA (Agência de Segurança Nacional) que delatou o esquema secreto no mês passado.

Entre os autores da reportagem está Glenn Greenwald, que publicou no britânico The Guardian as primeiras informações do tema, com base em papéis de Snowden. Para a coleta de informações no Brasil, diz o texto, o programa usado foi o Fairview, desenvolvido pela NSA em parceria com gigantes privados de telecomunicações.

No acesso às informações brasileiras por meio do software, a NSA se valeu das alianças corporativas entre uma grande empresa do setor de telefonia nos EUA – cujo nome não é revelado – e empresas brasileiras. "Não está claro se as empresas brasileiras estão cientes de como a sua parceria com a empresa dos EUA vem sendo utilizada", segue O Globo, que não cita nomes.

Para fazer a espionagem nos EUA, o governo conta com uma autorização secreta da Justiça para fazê-lo. A revelação de que a espionagem maciça acontece no mundo inteiro levou a protestos contra os EUA, entre eles da União Europeia.

sábado, 6 de julho de 2013

Maduro anuncia que Venezuela concederá asilo a Snowden

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, informou ontem que concederá asilo político ao ex-agente da CIA Edward Snowden, acusado pelos EUA de vazar informações sobre programas de espionagem internacional.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou na noite desta sexta-feira (05/07) que concederá asilo ao ex-agente da CIA e da NSA (Agência Nacional de Segurança dos EUA) Edward Snowden, que está no aeroporto de Moscou por ter sua extradição requerida pelos Estados Unidos. Washington pede a prisão de Snowden devido ao pelo vazamento de informações sobre seus programas de espionagem.

“Quero hoje, em nome da dignidade de América, anunciar algo. Ontem disse a vários dos presidentes e presidentas, vários governos da América Latina expressaram seus desejos de assumir uma posição, como a que eu vou expressar neste momento: como chefe de Estado e de governo da República Bolivariana de da Venezuela, decidi oferecer asilo humanitário ao jovem norte-americano Edward Snowden, para que ele possa vir morar na pátria de Bolívar e de Chávez”, disse o líder venezuelano.

Mais cedo o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, também sinalizou que deve atender ao pedido de asilo de Snowden.